Chevrolet Veraneio 1965
Amazona e Veraneio nasceram para o passeio, mas
serviram mais para o trabalho e como carro de polícia
serviram mais para o trabalho e como carro de polícia
Os brasileiros ainda não conheciam em 1959 o termo utilitário-esporte, mas foi no final desse ano que a General Motors, que desde o ano anterior fabricava picapes e caminhões -- seu primeiro automóvel, o Opala, só chegaria nove anos depois --, lançou sua primeira perua de passageiros, destinada mais ao lazer que ao transporte de carga. Se o termo agora tão usual já fosse aplicado, talvez se pudesse considerar a Chevrolet Amazona uma precursora do tipo de veículo que muitos hoje apreciam.
O primeiro modelo da Amazona, lançada em 1959: estilo frontal e mecânica dos caminhões Chevrolet, três bancos inteiriços e terceira porta só no lado direito |
Em dezembro de 1962 recebia leve reestilização, passando a vir com quatro faróis redondos, mas a mecânica permanecia: motor de seis cilindros em linha, 261 pol3 (4,3 litros) e 142 cv a 4.000 rpm de potência bruta, o mesmo dos picapes. Com bom torque em baixos regimes -- 31,7 m.kgf brutosa 2.000 rpm --, levava a pesada perua (1.850 kg) de 0 a 100 km/h em 21 s, com velocidade máxima de 138 km/h. As suspensões usavam eixos rígidos e molas semi-elíticas; diferencial bloqueante("tração positiva") era opcional e o câmbio tinha apenas três marchas.
Em 1962 a perua ganhava uma reestilização frontal, com quatro faróis. A suspensão ainda utilizava eixo rígido e molas semi-elíticas na frente e atrás |
Quatro portas laterais e uma traseira mais ampla, molas helicoidais, primeira marcha sincronizada: novidades da C-1416, logo rebatizada Veraneio |
Esse modelo foi produzido em São Caetano do Sul, SP, até o final da década de 80, com ligeiras alterações de estilo (no início e no fim dos anos 70) e mecânica -- uma delas, por ironia, a troca dos quatro faróis por apenas dois, ao contrário do que ocorrera na Amazona. O motor de seis cilindros passou a ser o do Opala, de 4,1 litros, com versões a álcool e gasolina. Houve também o Veraneio a diesel, com o motor do D-10.
Ao contrário da antecessora, a Veraneio começou com quatro faróis e depois passou a dois, num estilo que se manteve até os anos 80, graças à demanda da polícia |
O painel da C-1416 de 1967, à esquerda, e da Veraneio 1971: simples e bem-acabado |
A nova Veraneio ficou no mercado até 1994. Além do motor seis-cilindros de 4,1 litros e 124 cvlíquidos (140 cv a álcool) do Opala, foi oferecida com o Maxion diesel, de quatro cilindros e 4,0 litros, em versões turbo (120 cv) e aspirado (92 cv), e com uma terceira fila de bancos para acomodar até nove pessoas. A versão Custom Deluxe podia vir com controle elétrico dos vidros e travas, rodas de alumínio e direção de assistência eletrônica Servotronic, requinte que só em 2001 foi aplicado ao Omega.
Em 1988 a perua era totalmente renovada, à semelhança dos picapes da série 20. Em 1993 (foto) oferecia terceiro banco, ar-condicionado e até direção eletrônica |
Fonte: Carros do Passado